29/06/2012

Museologia: mercado de trabalho em expansão para quem gosta de arte

Formação é abrangente e profissionais podem atuar até no Carnaval


Imagem do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói (Foto: Divulgação)



O Brasil tem mais de 3000 museus, segundo dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O número é reflexo da reestruturação da área museológica que aconteceu após a entrada em vigor do Estatuto dos Museus, lei que definiu regras para preservação, conservação e restauração dos acervos. É um salto e tanto para quem até o início do século 20 só possuía 12 museus. Logo, trabalho não falta para quem se formar na área. E o museólogo pode atuar também em outros lugares, como órgãos públicos, segundo Telma Lasmar, presidente do Conselho Federal de Museologia (Cofem).

“Nosso campo está em franca expansão. Existe muito trabalho no Brasil e no exterior. Temos uma tabela de referência salarial e o salário inicial de um jovem museólogo é de R$ 3.121,03, por uma jornada de 20 horas semanais. Nem sempre esse valor corresponde ao que é pago na realidade, claro. A área oferece muitas oportunidades para profissionais liberais, além do setor de pesquisa. Tem museólogo dando aula, trabalhando em coleções privadas e até fazendo pesquisa para escolas de samba”, diz a presidente do Cofem, que também é diretora administrativa do Museu de Arte Contemporânea (Mac) de Niterói.

De acordo com Telma, a formação de museólogo existe no Brasil desde 1932, e inicialmente os profissionais eram chamados de “conservadores de museus”, como ainda acontece em vários países.

Telma Lasmar, presidente do Conselho Federal
de Museologia (Cofem) (Foto: Divulgação)

O exercício da profissão de museólogo somente é permitido ao profissional registrado em Conselho Regional de Museologia e, o estágio, ao estudante de museologia também inscrito em conselho de classe. A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) possuem os cursos de museologia mais antigos do país, mas os estudantes também têm opções em outras instituições. A graduação tem quatro anos de duração e a presidente do Cofem conta que atualmente a museologia tem um caráter mais amplo do que no passado.

“Hoje trabalhamos com ideias como inclusão social e o papel educativo dos museus. O aluno é levado a entender a função social da instituição. O museólogo é o mediador entre as coleções e a sociedade. A formação é abrangente e a grade de disciplinas muda de acordo com a região e com a vinculação do curso com outras carreiras das universidades. No Pará, por exemplo, as disciplinas são vinculadas a questões indígenas, cestaria, Amazônia... No Rio Grande do Sul o cenário é outro, e assim por diante. Mas existem matérias comuns a todos os cursos, como História da Arte, Antropologia, Teoria da Museologia, etc. Os novos cursos, que surgiram do ano 2000 para cá, fazem parte dos planos do governo de expansão das universidades, fortalecendo o campo da museologia”, ressalta.

Um conselho para os futuros museólogos? Telma dá a dica: “Ser um bom profissional e estudar bastante. É importante fazer estágio logo no início da carreira. A prática é fundamental na nossa área. Eu me formei em 1979, pela Uni-Rio. Sou plenamente realizada em minha carreira. Não fiquei rica, mas também nunca fiquei desempregada”, completa.

Conheça alguns cursos de graduação em Museologia existentes no Brasil:

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio)
Bacharelado
Duração: 8 semestres
Telefone: (21) 2542-1031
Endereço: Av. Pasteur, 458, Urca - Prédio do CCH, sala 410.
Mais informações


Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Bacharelado
Duração: 6 semestres
Telefone: (81) 3283-6445
Endereço: Av. Araújo Pinho , 265 , Canela , 40110-150 , Salvador
Mais informações

Universidade Federal de Brasília (UnB)
Bacharelado
Duração: 7 semestres
Telefone: (61) 3307-2422
Endereço: Rua Darci Ribeiro, s/nº - Campus Universitário Brasília
Mais informações

Universidade Federal de Goiás (UFG)
Bacharelado
Duração: 8 semestres
Telefone: (62) 3521-1128
Endereço: Conjunto Itatiaia s/nº, saída para Nerópolis
Mais informações


Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Bacharelado
Duração: 8 semestres
Telefone: (31) 3409-5226
Endereço: Av. Antonio Carlos, 6627 - Pampulha
Mais informações


Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Bacharelado
Duração: 8 semestres
Telefone: (31) 3559-1967
Endereço: Campus do Morro do Cruzeiro – 35.400-000 - Ouro Preto
Mais informações

Universidade Federal do Pará (UFPA)
Bacharelado
Duração: 8 semestres
Telefone: (91) 3201-7000
Endereço: Rua Augusto Correa, 1 – Guamá
Mais informações

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Bacharelado
Duração: 7 semestres
Telefone: (81) 2126-8000
Endereço: Av. Rui Barbosa, 960 – Graças - Recife
Mais informações


Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Bacharelado
Duração: 8 semestres
Telefone: (51) 3308-55183
Endereço: Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha - Porto Alegre
Mais informações

Universidade Federal do Sergipe (UFS)
Bacharelado
Duração: 6 semestres
Telefone: (79) 2105-6600
Endereço: Av. Marechal Rondon, s/nº- Jardim Rosa Elze - São Cristóvão
Mais informações

http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2012/06/museologia-mercado-de-trabalho-em-expansao-para-quem-gosta-de-arte.html

Começa, em São Petersburgo, a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial

Sob a presidência russa, foram dadas as boas-vindas a todos os participantes da 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial (36ª WHC – sigla em inglês), em São Petersburgo, que teve início no último domingo, 24 de junho. A Direção-geral da UNESCO destacou os importantes e inadiáveis desafios, cada vez maiores, para a preservação do patrimônio, o que deverá implicar um maior compromisso de todos os envolvidos, em especial dos Estados-Partes. Foi reforçado também nesses 40 anos da Convenção, a importância e a necessidade de se enfrentar os desafios do século XXI, como o desenvolvimento sustentável e a construção da paz. 

Com mais de 190 delegações de países de todo o mundo, já no primeiro dia de trabalho intenso, a UNESCO lançou o Programa de Patrimônio Mundial e Turismo Sustentável (WH+ST), convidando os Estados-Partes a participarem da iniciativa que tem como objetivos ações que visam integrar os princípios do turismo sustentável aos mecanismos da Convenção do Patrimônio Mundial para promover uma gestão turística eficiente, responsável e sustentável, baseada nos contexto e necessidades locais. O WH+ST é resultado de um intenso processo consultivo realizado por um grupo de trabalho sob a presidência da Suíça, envolvendo a Alemanha, Eslovênia, Argentina, China, Tanzânia, Líbano, UNWTO, ICOMOS, IUCN, ICCROM e o Centro do Patrimônio Mundial. Segundo a proposta, a expectativa é que os centros de categoria II da UNESCO, como o Centro Lucio Costa, no Rio de Janeiro – administrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) – possam contribuir como parceiros para a sua implementação. 

A delegação brasileira já está em São Petersburgo e participa da 36ª WHC como observador. Este ano, o IPHAN defende a inclusão da cidade do Rio de Janeiro na Lista de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana. Caso o título seja aprovado, o Brasil será o primeiro país a ter um bem reconhecido nesta categoria. Além disso, os locais da cidade valorizados na candidatura (o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da Tijuca, o Aterro do Flamengo, o Jardim Botânico e famosa praia de Copacabana, além da entrada da Baía de Guanabara) serão alvo de ações integradas visando à preservação da sua paisagem cultural. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, vai acompanhar a votação, marcada para o próximo sábado, dia 30 de junho. 

Outro tema importante para o Brasil, que também será debatido, é o processo de implementação dos centros de categoria II da UNESCO, entre eles, o Centro Lucio Costa. Na ocasião será apresentado o relatório da II Reunião Anual, ocorrida em Milão, em janeiro deste ano, que apresenta ao Comitê a proposta de realização da IV Reunião Anual dos Centros de categoria II da UNESCO, no Rio de Janeiro, em 2014.

20/06/2012

Game Burglar Hunt

Uma galeria de arte da cidade foi assaltada e um de seus melhores objetos de exposição foi roubado. Entre no local e procure por pistas que te dirão onde o assassino se encontra, já que é bem provável que ele ainda não tenha deixado o local do crime.


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15/06/2012

REPRESENTAÇÕES DA MORTE NO AMBIENTE URBANO (III Colóquio Avesso da paisagem:)


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Novas Perspectivas para a preservação e gestão do patrimônio cultural

Dando prosseguimento à programação na Rio + 20, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura, promove um seminário para debater as novas perspectivas para a preservação e a gestão do patrimônio cultural. A abertura será às 14h30, do próximo dia 18 de junho, no Galpão da Cidadania, na cidade do Rio de Janeiro. O presidente do IPHAN, Luiz Fernando da Almeida vai coordenar o seminário, que terá também a participação do arquiteto Carlos Fernando Moura Delphim, da antropóloga Lygia Segawa e da arqueóloga Rosana Najjar.

O objetivo do seminário é buscar alternativas para aprimorar a gestão do patrimônio cultural brasileiro. Segundo o presidente do IPHAN, nas últimas décadas o conceito de patrimônio ampliou-se e tem sido crescente a participação da sociedade civil nos esforços para sua preservação. Novos instrumentos, como por exemplo o da Paisagem Cultural e os Pontos de Cultura, se fazem necessários para atender a essa demanda. A transversalidade como princípio e o território como meio e a sustentabilidade como fim, são componentes essenciais a esse debate.

A preservação do patrimônio cultural tem um compromisso irrestrito com o desenvolvimento sustentável e com as gerações futuras. A dimensão cultural como lembra Celso Furtado, “deve ter seu ponto de partida na percepção dos fins, dos objetivos que se propõem a alcançar os indivíduos e a comunidade”.

O seminário abordará aspectos diferenciados do atual quadro da preservação patrimonial. Serão debatidos temas como arqueologia e história urbana; paisagem cultural e desenvolvimento sustentável; e ações e instrumentos para salvaguarda e registro do patrimônio imaterial. O formato do seminário prevê 40 minutos de exposição para cada palestrante e 60 minutos de debate com o público.

Fonte: Ascom

Fonte: 

Circuito Verde no RJ: guia divulga museus Ibram durante conferência Rio+20

Como parte da programação do Roteiro Cultural de Museus Rio+20, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) convida o público a fazer um percurso diferente durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20.


Palácio Rio Negro em Petrópolis integra Circuito Verde de Museus Ibram
O Circuito Verde de Museus propõe um passeio pelos espaços verdes e pela arquitetura de nove museus Ibram no estado do Rio de Janeiro. A proposta é aproveitar espaços como jardins históricos, Áreas de Proteção Ambiental e mirantes para estimular a reflexão sobre sustentabilidade e proteção ao meio ambiente. Confira aqui o guia.

O circuito sugerido começa no Museu do Açude, localizado no Parque Nacional da Tijuca, e segue até o bairro de Santa Teresa, onde encontram-se outros dois museus Ibram com áreas verdes: o Museu da Chácara do Céu e o Museu Casa de Benjamin Constant.

O passeio inclui ainda o Museu da República (Palácio do Catete), cujos jardim foi cenário, durante 63 anos, para decisões políticas de 18 presidentes brasileiros. 

Também fazem parte do Circuito Verde o Museu de Arqueologia/Socioambiental de Itaipu (Niterói), o Palácio Rio Negro e Museu Imperial (Petrópolis), o Museu Casa da Hera (Vassouras) e o Forte Defensor Perpétuo (Paraty).

Ágora Ambiental
Na semana da Rio+20, o jardim do Museu da República/Ibram será palco de diversas atividades relacionadas à sustentabilidade. Entre os dias 14 e 22 de junho, será montada uma tenda para que o público possa se expressar sobre os temas suscitados pela conferência: será a Ágora Ambiental.

Abrindo a programação, acontece, no dia 14 de junho, das 10h às 12h, mesa redonda com o tema O Jardim Histórico do Museu da República e seus desafios ambientais. Entrada franca. Saiba mais.

Texto: Ascom/Ibram
Foto: Banco de imagens Ibram (Palácio Rio Negro em Petrópolis)

Fonte: 

Para saber mais sobre os museus do Rio de Janeiro e a Rio +20:

Rio+20: ministra abre programação cultural que inclui roteiro de museus

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, abriu oficialmente na noite da última quarta-feira (13), a programação cultural daConferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20). A cerimônia de abertura aconteceu no Galpão da Cidadania, no centro do Rio de Janeiro (RJ).

Museu Casa Benjamim Constant inaugurou
mirante para a cidade do Rio de Janeiro
A programação terá como âncoras dois espaços: o Galpão da Cidadania e o Armazém da Utopia. Ambos estarão abertos ao público durante todo o evento, convidando à reflexão e debate sobre a importância da cultura como eixo estratégico do desenvolvimento sustentável.

Além disso, visa difundir e debater com os participantes da Rio +20 as propostas e ações realizadas pelo Sistema MinC e acolher propostas que venham a colaborar com as políticas culturais.

Entre as ações realizadas pelo MinC está o Roteiro Cultural Museus Rio+20. Durante a conferência, cerca de 50 museus da região metropolitana do Rio de Janeiro, e do interior do estado, programam uma série de eventos que oferecem ao público a oportunidade de vivenciar e trocar experiências que conduzam à dimensão da diversidade cultural como vetor de desenvolvimento humano sustentável.

A versão impressa do roteiro, que inclui exposições, visitas guiadas, seminários e apresentações musicais, será distribuída durante a Rio+20, que acontece entre os dias 13 e 22 de junho. Confira a versão digital aqui. Confira também o guia do Circuito Verde, sugerido pelo Ibram.

Rio+20 nos museus Ibram
No Museu da República, centro da programação do Ibram na cidade do Rio de Janeiro, seminários, debates e exposições de arte sustentável tiveram início na segunda-feira (11). Na sexta-feira (15), às 13h, terá início a Mostra de Vídeos Ambientais, que prossegue até o dia 21. A partir do sábado (16), o museu sedia ainda a Conferência Global dos Povos Indígenas.

Como parte da programação, o Museu Casa de Benjamin Constant, que em 2012 completa 30 anos de criação, inaugurou na quarta-feira (13), um mirante com vista para a área central da cidade e Baía de Guanabara. Inserido na Área de Proteção Ambiental do bairro de Santa Teresa, o museu dispõe de uma área verde de 10 mil m² e tem investido na criação de trilhas para caminhadas, espaços de convivência e área de atividades educativas de cunho ambiental.

Texto: Ascom/Ibram
Foto: Divulgação Museu Casa Benjamin Constant

Para saber mais sobre os museus do Rio de Janeiro e a Rio +20:

14/06/2012

Duas vagas para Professor por tempo determinado na UFSC com formação em Museologia

A Secretária de Gestão de Pessoas de Pessoas, da Universidade Federal de Santa Catarina, no uso de suas atribuições, considerando a Portaria Normativa nº 34/GR/2012, de 09/01/2012, torna pública a abertura de inscrições com vista ao Processo Seletivo Simplificado para contratação de Professor por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos da Lei n° 8.745/1993.

Período de Inscrição: 18/06/2012 a 22/06/2012.
Horário das inscrições: das 08:00 às 12:00 horas e das 14:00
às 18:00 horas

As inscrições serão realizadas nas Secretarias dos respectivos Departamentos e Campus, onde também serão obtidas informações relativas ao processo seletivo simplificado e a publicação da portaria de homologação das inscrições.

O candidato deverá entregar o "Curriculum Vitae" da Plataforma Lattes, devidamente documentado, ao secretário da Banca Examinadora no dia do sorteio dos pontos da prova didática, estabelecido no cronograma do processo seletivo.


Centro de Filosofia e Ciências Humanas - CFH

1) Departamento de Antropologia - ANT
Campo de Conhecimento: Museologia, Antropologia, História, Ciências Sociais, Arte, Arquitetura, Educação ou áreas afins
Processo: 23080.024699/2012-06
Nº de vagas: 01 (uma)
Regime de Trabalho: 20(vinte) horas semanais
Requisitos: Graduação ou Mestrado em Museologia; ou Graduação em Museologia com Mestrado em Atropologia, Ciências Sociais, História, Arte, Arquitetura, Educação e áreas afins.

2) Departamento de História - HST
Campo de Conhecimento: Museologia
Processo: 23080.023701/2012-11
Nº de vagas: 01 (uma)
Regime de Trabalho: 20(vinte) horas semanais
Requisitos: Mestrado em Museologia, ou Arqueologia, ou
História, ou Antropologia, ou Arquitetura e Urbanismo.

O candidato será avaliado por meio de prova didática (peso 2) e de prova de títulos (peso 1).

Remuneração:
Professores do Ensino Superior: Regime de 20 horas
semanais - Graduação: R$ 1.597,92; Especialização: R$ 1.711,80;
Mestrado: R$ 2.072,77; Doutorado: R$ 2.619,03.

Fonte: http://www.in.gov.br/

http://concursosmuseologia.blogspot.com.br/2012/06/duas-vagas-para-professor-por-tempo.html

Inauguração Centro Cultural João Nogueira

Moradores da Zona Norte recebem o novo Imperator em noite de música

Totalmente reformado, o espaço oferece teatro, sala de espetáculos e de exposições, terraço e restaurante 



Os moradores da Zona Norte receberam nesta terça-feira, da Prefeitura do Rio, o Imperator - Centro Cultural João Nogueira, no Méier, onde funcionava a famosa casa de shows. Fechado desde 1995, o espaço foi reformado pela Riourbe, empresa vinculada à Secretaria municipal de Obras, totalizando investimentos de R$ 28 milhões.



O prefeito Eduardo Paes abriu a noite de inauguração, que teve como atração principal show de Diogo Nogueira, filho do sambista João Nogueira, com participação de Alcione e da bateria da Portela.


- É uma alegria devolver esse espaco tão tradicional na Zona Norte. Representa mais um símbolo desse Rio que renasce, além de homenagear um super carioca suburbano, que encantou esta cidade e deixou uma família linda com uma grande voz, seu filho Diogo – disse o prefeito.



Totalmente repaginado, o espaço conta agora com atrações em todos os pavimentos. No primeiro andar, há um café, um bar e um teatro com 607 lugares, que conta com cadeiras retráteis, o que possibilita a transformação do espaço em arena para shows com capacidade de até 1500 convidados. No segundo andar, estão as três salas de cinema (duas com 120 lugares e outra com 168) e, no terceiro, a sala de exposições. No terraço, funciona o Espaço Rio de Janeiro, uma área livre onde também foi instalado um restaurante.


- A Zona Norte tem hoje um espaço onde as pessoas, além de conhecer um pouco da história de João Nogueira, poderão curtir cinema, teatro e exposições. Faltava algo assim no Rio, em especial na Zona Norte. Estou muito feliz por prestar essa homenagem ao meu pai. O samba, sem dúvida, está em festa – afirmou Diogo.



O Centro Cultural João Nogueira será aberto ao público no próximo dia 15 com o lançamento do projeto Sambabook, que homenageará João Nogueira. O projeto musical resgata a importância da obra do sambista e acaba de ser lançado pela Musickeria. Gravado no final de 2011, o Sambabook João Nogueira reuniu um time de grandes nomes da nossa música e ganha agora o formato de espetáculo musical, com apresentações de Diogo Nogueira e da bateria da Portela nos dias 15 e 16 de junho.

Também estiveram na inauguração os secretários municipais de Cultura e Obras, Emilio Kalil e Alexandre Pinto; o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho; o presidente da RioUrbe, Armando Queiroga; e o sub-prefeito da Zona Norte, André Luiz dos Santos.


O Imperator



Aberto ao público em 1954, como Cine Imperator, foi considerado o maior cinema da América Latina, com capacidade para 2.400 pessoas. Durante décadas foi uma referência na cidade, mas em 1986, com o declínio da frequência às salas de cinema de rua, o Cine Imperator fechou as portas. Cinco anos mais tarde, reabriu como casa de shows e espetáculos para receber grandes nomes da música nacional e internacional. Pisaram em seu palco Shirley MacLaine, Rita Lee, Bob Dylan, Tina Turner, Roberto Carlos, Tom Jobim, Tim Maia, Caetano Veloso, Barão Vermelho, entre muitos outros.


Em 1995, o Imperator foi fechado definitivamente. Agora, após 16 anos de abandono, o espaço foi devolvido à cidade como Centro Cultural João Nogueira, para ser um pólo de cultura, lazer e entretenimento para os moradores do Grande Méier e de todo o Rio.

O Centro Cultural João Nogueira fica na Rua Dias da Cruz, 167, Méier.

http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo?article-id=2903487

13/06/2012

Rio, Patrimônio Sustentável

O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Luiz Fernando de Almeida, e a superintendente do IPHAN-RJ, Cristina Lodi, apresentarão pela primeira vez, a versão completa da candidatura do Rio de Janeiro a Patrimônio Cultural da Humanidade, que será votada pela Unesco em São Petersburgo, de 24 de junho a 6 de julho. Apresentação será nesta terça-feira, dia 12 de junho, às 14h, no Edifício Gustavo Capanema, no Centro do Rio de Janeiro.

Por conta do título, locais como o Parque do Flamengo e as orlas de Copacabana, Leme, Urca e Botafogo, o Pão de Açúcar, os fortes históricos, o Passeio Público, o Jardim Botânico e a Floresta da Tijuca, serão alvo de ações integradas dos governo federal, estadual e municipal. O objetivo é a preservação da paisagem cultural desses locais, que constituem a paisagem apropriada pelo homem aliada à cultura carioca. A prévia da apresentação oficial faz parte da agenda do IPHAN sobre Patrimônio e Sustentabilidade para a Rio + 20.

O IPHAN na Rio+20
Com como representante do poder público e com o apoio da comunidade, cabe ao IPHAN a identificação, a preservação, a promoção e a gestão do patrimônio cultural brasileiro. A Constituição da República define como patrimônio cultural as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

A existência desse universo de bens culturais não seria viável sem as matérias primas oferecidas pela natureza. Essa consciência não é nova no IPHAN, haja vista as inúmeras ações desenvolvidas pela instituição ao longo dos seus 75 anos, objetivando a preservação dos acervos naturais presentes em todo o território brasileiro e sua integração aos bens produzidos pelo homem.

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, surge como mais um reforço ao trabalho na luta pela preservação dos principais valores culturais e naturais nacionais. Em complemento à agenda global da Rio+20, o IPHAN preparou uma programação específica com base na temática sobre o Patrimônio e Sustentabilidade, para oferecer aos participantes uma visão sobre a Paisagem Cultural da Cidade do Rio de Janeiro.

Durante a realização da Rio +20, a sede do IPHAN-RJ vai abrigar a exposição Edifício Docas de Santos. O público poderá visitar a mostra de segunda a sexta-feira, de 9h às 17h30. A Sala de Exposições do IPHAN-RJ fica à Avenida Rio Branco, 48, Centro, Rio de Janeiro. As inscrições para todos os eventos podem ser feitas pelo e-mail comunicacao.rj@iphan.gov.br.

Outras palestras e exposições marcarão a presença do IPHAN na Rio+20. Confira a programação.

Dia 12/06
14h – Mesa redonda
Patrimônio e Sustentabilidade - A Paisagem Cultural da Cidade do Rio de Janeiro – Candidatura do Rio a Patrimônio Cultural da Humanidade
Palestrantes
Luiz Fernando de Almeida (Presidente IPHAN)
Maria Cristina Vereza Lodi (Superintendente do IPHAN-RJ)
Carlos Fernando de Moura Delphin (Arquiteto do IPHAN, especialista em Patrimônio Natural)
Célia Maria Corsino (Diretora do Departamento do Patrimônio Imaterial do IPHAN)
Local: Auditório do Palácio Gustavo Capanema – Rua da Imprensa, 16 – sobreloja – Centro – Rio de Janeiro-RJ
Capacidade: 400 pessoas

Eventos paralelos
Exposição Rio de Janeiro: Paisagens Cariocas entre a Montanha e o Mar
Hall do auditório

Presença de Baianas de Acarajé
No térreo do Palácio Gustavo Capanema

De 13/06 a 16/06
Seminário Patrimônio, Memória e Identidade Negra
Rodas de conversa, conferências e atividades culturais
Local: Universidade Federal Fluminense – UFF
Informações: seminariopatrimonioimaterial.wordpress.com

Dia 13/06
18h - Abertura da exposição Patrimônio, Território e Sustentabilidade
Local: Centro Cultural Ação da Cidadania - Rua Barão de Tefé, 75, Saúde.
Início das atividades do Ministério da Cultura - com a presença da Ministra da Cultura, Ana de Hollanda.

Dia 18/06
14h30 – Seminário Novas Perspectivas para a Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural
Local: Centro Cultural Ação da Cidadania - Rua Barão de Tefé, 75, Saúde.
Palestrantes :
Rosana Najjar (Diretora do Centro Nacional de Arqueologia-IPHAN)
Sergio Bessermann (Economista)
Lygia Segalla (Antropóloga)

De 14/06 a 22/06 – Visitas guiadas – Rio Paisagem Cultural
Todas gratuitas, com acompanhamento de um guia.
Roteiro:
14/06 – Jardim Botânico - De 10h e às 14h
Duração: duas horas
Da área atual de 137 hectares, 53 ha estão abertos à visitação pública. Seu arboreto, de traçado neoclássico, abriga grande coleção de plantas, organizadas em aleias geométricas, destacando-se as grandes palmeiras. O JB é dedicado à pesquisa científica, desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico, centro de referência mundial nos estudos sobre a Mata Atlântica.

15/06 - Baía de Guanabara – Saída às 9h30, partindo o Espaço Cultural da Marinha - Av. Alfredo Agache s/nº - Praça XV – Centro.
Duração: duas horas
Nos primeiros séculos de vida da cidade, as formações rochosas que a limitam foram importantes pontos de referência para sua defesa, onde foram instaladas baterias e fortalezas. Principal acesso à Cidade do Rio de Janeiro durante séculos, é a segunda maior baía, em extensão, do litoral brasileiro, com uma área de aproximadamente 380 km². Considerando-se a sua barra como uma linha imaginária, que se estende da ponta de Copacabana até ponta de Itaipu, esta sofre um estreitamento entre a ponta da Fortaleza de São João, na cidade do Rio de Janeiro, e a ponta da Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, com uma largura aproximada de 1.600 metros.

18/06 – Forte São José (Urca) - 9h30
Duração: quatro horas
Transporte gratuito com saída do Centro CulturalAção da Cidadania - Av. Barão de Tefé, 75 – Saúde.
Localizado no conjunto que compõe a Fortaleza de São João, o Forte São José é o terceiro forte mais antigo do país, datado de 1578. Muitos historiadores dizem que se o Rio de Janeiro existe hoje, é graças a este forte, estrategicamente localizado na entrada da Baía de Guanabara, exercendo papel marcante na defesa da cidade.

19/06 – Orla de Copacabana/Forte do Leme - Saídas às 10h e às 15h
Duração: três horas
A Orla de Copacabana, com seu desenho geométrico excepcional - de autoria de Roberto Burle Marx - imitando as ondas do mar, usando um mosaico de pedras portuguesas, ganhou reconhecimento internacional. Considerada uma das praias mais famosas do mundo, é carinhosamente apelidada de Princesinha do Mar.
O Forte Duque de Caxias, anteriormente denominado como Forte da Vigia, Forte da Espia e Forte do Leme, localiza-se no bairro vizinho do Leme. Durante o governo do Vice-rei D. Luís de Almeida Portugal, entre 1776 e 1779, devido à iminência de uma invasão espanhola, foi ordenada a construção de um pequeno forte para defesa de qualquer desembarque naquele trecho ao sul da cidade.

20/06 –Sítio Burle Marx (Barra de Guaratiba) - Saída às 9h30 do Centro Cultural Ação da Cidadania - Av. Barão de Tefé, 75 – Saúde.
Grupos de 30 pessoas
Duração: seis horas
Abriga uma das mais importantes coleções de plantas vivas existentes em todo o mundo, sendo de inestimável valor como testemunho das profundas alterações sofridas pela natureza em nosso país. O SRBM é hoje uma unidade especial pertencente ao IPHAN, tendo sido residência particular de Roberto Burle Marx, de 1973 até em 1994, ano da morte do mais famoso paisagista brasileiro.

21/06 – Fortaleza de Santa Cruz (Niterói) - Às 10h e às 14h
Duração: uma hora
A Fortaleza de Santa Cruz da Barra localiza-se no lado oriental da barra da Baía de Guanabara, no bairro de Jurujuba, município de Niterói. Cruzando fogos com a Fortaleza de São João e com o Forte Tamandaré da Laje, constituiu a principal estrutura defensiva da Cidade do Rio de Janeiro durante o período da Colônia e do Império. Encontra-se guarnecida até os dias de hoje, atraindo uma média de dois mil visitantes por mês.


22/06 – Floresta da Tijuca - Saída às 9h30 do Centro Cultural Ação da Cidadania - Av. Barão de Tefé, 75 – Saúde.
Duração: quatro horas
Apresenta biodiversidade significativa, com espécies ameaçadas de extinção, sendo declarado, em 1991, como parte da Reserva da Biosfera. Em sua área de 3.958,47 hectares, abriga edificações que datam do século XVIII e XIX e identificados 120 sítios arqueológicos da época em que o espaço era ocupado por plantações de café.

Mais informações
Assessoria de Comunicação Iphan-RJ
comunicação.rj@iphan.gov.br
Chico Cereto
Eliza Morenno
(21) 2233-6334 / 9127-7387
www.iphan.gov.br / www.twitter.com/IphanGovBr

http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=16689&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

Museu do Meio Ambiente

Ibram assina acordo de cooperação com Uruguai

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) recebeu, na última terça-feira (5), a visita da diretora de Relações e Projetos Internacionais do Ministério da Educação e Cultura do Uruguai, Andrea Vignolo. Ela participou de reunião com o presidente do órgão, José do Nascimento Junior, para discutir a cooperação entre Brasil e Uruguai na área de museus. 

Durante o encontro, foi assinado memorando que prevê a realização de ações que atendam ao fortalecimento de museus e outras instituições do Uruguai e do Brasil vinculadas à preservação do patrimônio museológico, cultural e natural, estimulando a conservação, restauração, educação e investigação nelas centradas, assim como o acesso democrático da população. 

As ações incluem projetos voltados para a museografia, conservação, restauração, registro de museus e coleções; intercâmbio de especialistas, funcionários, professores e pesquisadores; formação e aperfeiçoamento de pessoal de museus; intercâmbio de informação; estudos e pesquisas; estágios, cursos, seminários, conferências e oficinas; além de publicações na área.

Não tenho certeza se esta notícia está atrelada ao anúncio feito pelo José Nascimento ano passado quando fez um balanço positivo sobre a atuação do IBRAM. Neste discurso que você pode ter acesso clicando aqui, era lembrado dos pontos de memória criados pela instituição em alguns países, dentre eles o Uruguai, e que este ano estava previsto mais acordos neste sentido. Aliás, esta não é a primeira iniciativa neste sentido. Antes mesmo de existir o IBRAM Brasil e Uruguai já tinham acordos de cooperação mútua na área de museus.

É notável também que o país vem desde 2010 tomando outras iniciativas no sentido de melhorar suas instituições museológicas, criando novos espaços e ampliando outros. Para conhecer um pouco mais estes projetos, clique aqui.

12/06/2012

Exposição gratuita no Forte de Copacabana, ‘Humanidade 2012’ está aberta ao público



RIO - Está aberto a partir desta terça ao público o espaço Humanidade 2012, instalado no Forte de Copacabana. O Humanidade 2012 é um dos eventos paralelos à Rio + 20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, e abrigará debates e exposições sobre o meio ambiente até o próximo dia 22. A entrada é gratuita. Os eventos começam às 10h e vão até as 21h, com grande programação (mas, anote aí: a entrada no local só será permitida até as 19h30m). São sete mil metros quadrados de área com salas para debates, seminários e exibições de arte.



A exposição Humanidade 2012, criada pela diretora de teatro Bia Lessa, é o grande destaque e mistura tecnologia, educação e cultura. São 9 salas - Mundo em que Vivemos, Mundo Dividido, O Homem e suas Conexões, Biodiversidade Brasileira, Diversidade Humana Brasileira, Produções Humanas, Rio de Janeiro, O Indivíduo e as Forças da Natureza, e, por último, o Museu do Amanhã. Há também jardins, um café cultural, um terraço com linda vista para o mar e a Capela Espaço da Humanidade. A exposição é totalmente aberta ao público, sem necessidade de inscrição.



Já para alguns seminários e debates no auditório será necessária a inscrição prévia. A programação completa pode ser conhecida no site do evento: http://www.humanidade2012.net/programacao/



Como o Forte de Copacabana não tem estacionamento, se você for visitar a Humanidade 2012 opte pelos transportes públicos, como as linhas de ônibus que passam nas avenidas Atlântica, Nossa Senhora de Copacabana e Barata Ribeiro ou o metrô (a estação do Cantagalo fica a cerca de 5 minutos de caminhada).



A inaguração do Humanidade 2012 foi nesta segunda-feira, com a presença do vice-presidente Michel Temer e do prefeito Eduardo Paes. O evento é uma realização da Fierj, Fiesp, Sesi/Senai e Fundação Roberto Marinho.



http://extra.globo.com/noticias/rio/rio-20/exposicao-gratuita-no-forte-de-copacabana-humanidade-2012-esta-aberta-ao-publico-5175976.html

11/06/2012

As raízes do futuro (Hugues de Varine)

"Dois eventos marcam o lançamento de ‘As raízes do futuro’ em Belém, ambas com diálogo com o autor. Na terça-feira, 12 de junho, às 12h, o evento acontece durante o IV Encontro Internacional de Ecomuseus e Museus Comunitários, na Universidade Federal do Pará. Na quarta, 13 de junho, às 19h, o encontro será na Escola Brigadeiro Fontenelli. Varine, que fala português, está disponível para atender a imprensa."



http://medianiz.com.br/blog/

01/06/2012

Demolição do QG da polícia militar e o apagamento da memória

Historicamente, a cidade do Rio de Janeiro é palco de grandes construções em nome da modernidade. Desde as obras do Prefeito Pereira Passos em nome da modernização de uma cidade atrasada e pestilenta, passando pelas políticas do Governador Carlos Lacerda onde o Rio de Janeiro padecia sob a poluição visual das favelas da zona sul. Atualmente a cidade atrai investimentos por causa dos jogos e infelizmente longe de ser este um motivo para valorizar os imóveis históricos, tornando estes mais um motivo para a valorização dos arredores, nossa política os entende como um atraso.

Fachada do QG da PM
Quem frequenta a Lapa a algum tempo sabe o quanto esta parte histórica da cidade esteve durante muito tempo largada, e muitos até aprovam as recentes políticas de valorização do terreno. O problema é que com as recentes obras, os arredores passaram a ser valorizados, e a aproximação com o centro da cidade ajuda bastante e elevar os preços. Tanto que, prédios históricos passam a ser vistos como empecilhos para outros prédios interessados em levar suas empresas ao valorizado espaço. É o caso do Quartel General da PM que se localiza nas proximidades do terreno. Este teria sido vendido à Petrobras, por R$ 336 milhões e embora os papéis ainda não tenham sido assinados, a polêmica em torno da transação já é grande. O acordo implica na demolição imediata do imóvel do século XVIII para que seja construído no espaço de 13,5 mil m² um arranha-céu. Outro ponto chama muito atenção para esta transação, é que a mesma não passou por nenhuma aprovação na Alerj uma exigência para a Lei de Licitações. O governo do Estado justifica a venda do imóvel afirmando que o dinheiro seria gasto dentro da própria PM.

O Professor da UFRJ Marcos Bretas afirma que desde a ditadura, o Brasil não possui interesse em preservar a memória das forças armadas. A título de exemplo, cita o caso do presídio de Ilha Grande, um lugar onde muitos presos políticos foram levados, além de ser também um dos possíveis locais do surgimento da Falange Vermelha que mais tarde se tornaria Comando Vermelho.

Aquele foi um exemplo claro de apagamento da história. A demolição foi quase uma vingança à ditadura e aos torturadores políticos, mas o prédio era uma construção do início do século XX que representa uma forma de como o Estado se organizava nessa área. (Marcos Bretas sobre a demolição do presídio de Ilha Grande)

Que a memória é fruto de escolha é algo que nós profissionais que lidam com a questão cotidianamente estamos cansados de saber, mas algumas vezes é ignorado que o esquecimento também nasce dessas escolhas. É nesta dinâmica entre os dois que a história é construída, destruída e reconstruída. Sendo ambos frutos de escolhas, devemos compreender os motivos pelos quais estamos fazendo tal opção e principalmente assumir as consequências disso.

Os motivos pelos quais o QG da polícia vai ser demolido, me parece muito mais financeiro do que um apagamento da memória. Não sei como andam os cofres públicos para investimentos em segurança, mas sei que política de UPPs está longe de ser um investimento barato; também sabemos o quanto a polícia é sucateada e com toda certeza não esquecemos a greve das PMs no Rio de Janeiro e a clássica invasão do corpo de bombeiros ao seu QG.
A melhor solução para o empasse seria segundo o pesquisador a criação de um museu que concentrasse a história da instituição ainda que se fosse demolir os outros. Eu particularmente não entendo dessa forma. Museu da Polícia Militar já existe, o que precisa é ser melhorado, ter seu espaço físico ampliado e principalmente o seu quadro de funcionários. Outra, no mundo inteiro prédios históricos são um atrativo a mais para a valorização dos arredores e bom policiamento também, porque um prédio da polícia militar não seria?

Existe o tombamento claro! Um válido recurso neste tipo de situação. A ação é do Carlo Caiado (DEM) na Câmara; e outro pelo deputado Paulo Ramos (PDT) na Alerj – ambos políticos de oposição ao governo. Mas o tombamento nem sempre é a melhor solução neste tipo de situação: soluciona o problema do patrimônio, mas não soluciona o problema do sucateamento da polícia militar.

Para saber mais: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/caso-de-policia-1