Segundo Themba Mona, o diretor do conselho de Arte e Cultura da Prefeitura de Nelspruit, a obra foi considerada "inadequada" para ser exposta ao público. Além de Mandela, o artista Kobus Myburgh também sugere uma mudança de etnia ao atual presidente sul-africano, Jacob Zuma, que aparece representado como um homem branco, assim como o ex-presidente sul-africano Frederik Willem De Klerk e outros três líderes do regime racista do "apartheid", todos representados como negros.
"Essa coleção tem uma mensagem positiva: mostrar que na realidade todos nós parecemos", afirmou o pintor. "Somos todos iguais, independentemente da cor de nossa pele", completou o artista. Myburgh se mostrou decepcionado com a decisão de Mona, embora tenha aceitado o fato: "A exposição conta com sua organização e ele pode decidir quem estará presente".
Apesar da reprovação em torno da obra de Myburg, este não é o primeiro retrato de um líder sul-africano que gera polêmica no país. Há quase um ano, dois indivíduos lançaramtinta sobre uma obra exposta em uma galeria de Johanesburgo, a qual retratava o presidente Zuma com genitais à mostra e que foi qualificada pelo partido governamental Congresso Nacional Africano (CNA) e por parte da comunidade negra sul-africana como um ataque racista.
Intitulada "The Spear" (A Lança, em livre tradução) e parte da exposição "Deus Salve o Ladrão II", a obra em questão era assinada pelo artista sul-africano Brett Murray. Os protestos de líderes religiosos e representantes da comunidade negra e da própria Presidência do país fizeram com que a galeria retirasse o quadro para evitar maiores problemas.
As informações são da EFE
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