Novo administrador do Museu das Minas e Metal poderá ser uma mineradora |
A crise no Grupo EBX, presidido pelo empresário Eike Batista, tem reflexos no Circuito Cultural Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O Instituto EBX, braço da holding para ações sociais e culturais e responsável pela gestão de manutenção do Museu das Minas e do Metal (MMM), não vai renovar o convênio com o governo de Minas para continuar à frente do equipamento inaugurado em 2010. “O museu não ficará fechado nenhum dia. Já estamos em entendimentos com outra empresa para, antes do fim do ano, assumi-lo”, disse ontem a secretária de Estado da Cultura, Eliane Parreiras. O custo mensal aproximado de manutenção do MMM, instituição com cerca de 40 funcionários, é de cerca de R$ 150 mil.
A secretária informou que, por força do convênio, o Instituto EBX fará o repasse ao estado de todos os acervos do MMM, estimados em R$ 30 milhões. Nesse valor, estão incluídos a restauração do prédio da antiga Secretaria de Estado de Educação, tombado pelo Iepha-MG, o capital intelectual de concepção e estratégia do espaço, com o nome e marca, know-how de operação e logística do museu, equipamentos, mobiliário, tecnologias, plataformas de web, acervos museológicos, entre outras benfeitorias.
O Instituto EBX ficará à frente do museu até 30 de novembro. “Estamos viabilizando uma nova parceria para a gestão do MMM. Até firmamos o convênio, vamos fazer o inventário dos bens da instituição e tomar outras providências”, afirmou. Ela ressaltou que, até novo empreendedor entrar em cena, o estado ficará responsável pelo museu. Fontes ouvidas pelo Estado de Minas revelam que o futuro gestor será um grupo mineiro também do setor de mineração.
A expectativa é de que o MMM comece dezembro sob nova chancela. “Até a transição, o governo de Minas garante a manutenção e pleno funcionamento do Museu das Minas e do Metal”, disse Eliane. Na sua opinião, a participação do Grupo EBX foi muito importante e fértil para o Circuito Cultural: “Foram quase quatro anos de parceria”. Desde essa época, o equipamento cultural recebeu mais de 210 mil visitantes.
Em nota, o EBX informou que investiu na restauração e criação do MMM. “Foram dois anos de obras e implantação do projeto museográfico e mais de três anos de funcionamento sob a gestão e patrocínio do grupo. Estamos muito felizes de poder contribuir com o desenvolvimento do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, onde o museu está localizado, entregando um equipamento de cultura totalmente completo e acessível não só ao público de Belo Horizonte como também de todo o país. Além disso, o MMM atrai muitos visitantes estrangeiros, contribuindo para o turismo do estado.”
O Museu das Minas e do Metal foi o segundo equipamento aberto no Circuito Cultural Praça da Liberdade. Conforme a sua direção, a proposta museológica foi concebida para destacar a marcante relação da história e das expressões culturais de Minas com a riqueza dos recursos naturais. Os visitantes se surpreendem com o acervo digital presente em boa parte das 44 atrações, que estão distribuídas em 18 salas.
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/10/08/interna_gerais,457279/crise-no-grupo-de-eike-batista-afeta-museu-na-praca-da-liberdade.shtml
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