Exposição reúne 15 obras de duas séries (Foto: Reprodução / Fábio Baroli) |
O trabalho do artista plástico de Uberaba
Fábio
Baroli chega à terra natal, no Triângulo Mineiro e reúne 15 obras
de duas séries feitas em 2012, após retornar do Rio de Janeiro e
Brasília, onde morou por dez anos. Intitulado “Vendeta: a intifada”, as
obras mostram crianças e adolescentes duelando entre si e se impondo
diante de espectadores. A revolta surge das expressões faciais precisas e
dos revólveres e bexigas de água, tacos, estilingues e até foices.
Segundo o artista, “Vendeta” é um termo abrasileirado do italiano
vendetta que significa vingança e “Intifada” pode ser intendido como
rixa ou revolta.
“O termo surgiu no Oriente Médio na década de 1980, quando aconteceu a primeira revolta dos palestinos contra os israelenses. Nesta época eu era criança no Bairro Cassio Resende, que era periferia e bastante violento. O retorno à cidade natal também foi um retorno à infância e a poética do trabalho está em reescrever a história, em se reinventar no mundo”, explicou.
Temática foi inspirada por infância do artista no bairro Cássio Resende (Foto: Reprodução / Fábio Baroli) |
Sobre o artista
Fábio vive e trabalha em sua cidade natal, Uberaba (Foto: Divulgação / Rose Dutra) |
Entre tintas e telas desde 1999, Fábio considera que exposições
relevantes para a carreira dele começaram a partir de 2006 e o prestígio
no cenário artístico começou em 2009, quando obteve os primeiros
prêmios em salões.
O artista deixou Uberaba em 2003 para conquistar o título de bacharel
em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília.
Depois de passar pelo Rio de Janeiro, Fábio retornou de encontro à
inspiração interiorana de Uberaba, onde atualmente vive da arte.“Estava no Rio de Janeiro pintando caipiras e galinhas, temas que me remetiam a Minas Gerais. Um belo dia percebi que havia alguma coisa descontextualizada e percebi que essa coisa era eu mesmo. Achei mais honesto da minha parte me mudar para o interior de Minas, para vivenciar a poética dos assuntos que trabalho de forma mais cotidiana”, concluiu.
Fábio já conquistou seis prêmios e tem obras em seis museus nacionais, além de coleções particulares no Brasil e exterior.
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