O Museu de História Natural de Londres vai retornar um lote de 138 peças arqueológicas que pertencem originalmente à Austrália, no século 19. Há crânios, em sua maioria, além de ossos de maxilares e até uma múmia.
As negociações para devolução dos restos se desenrolaram por um ano e meio entre o museu, os habitantes das ilhas de Torres Strait --de onde os restos foram retirados-- e o governo australiano.
As Torres Strait são um aglomerado de 274 ilhas pequenas que se espalham por cerca de 48 mil quilômetros quadrados, onde vivem apenas 6.000 pessoas. Elas se situam entre a costa da Austrália e da Papua-Nova Guiné.
A maioria das peças veio de uma caverna da ilha de Pulu, considerada um lugar sagrado. A outra parte passou de mão a mão, de tripulantes a naturalistas, que trocaram os achados arqueológicos por facas de metal, machados, tabaco e roupas em 1884.
A múmia, a única de cinco cuja existência é conhecida, foi dada no mesmo ano a John Douglas, que governou as ilhas Torres Strait e, posteriormente, a entregou para o museu.
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