29/03/2013

Museus em Londres: Museum of Brands

BY HELOISA RIGHETTO – MARÇO 19, 2013
POSTED IN: FEATURED, INGLATERRA, LONDRES, MUSEUS, REINO UNIDO

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Taí um museu que raramente é visitado – aliás, tem até morador de Londres que não sabe de sua existência! Apesar de ele ficar encostado no burburinho da Portobello Road, o Museum of Brands é um lugar tranquilo e sem filas. Mas eu queria fazer minha parte pra mudar isso! É um museu tão legal que merece muitos e muitos visitantes. Ele é mantido por alguns patrocínios, os ingressos, lojinha de souvenirs e um time de voluntários, e cuidadosamente supervisionado por Robert Opie, seu fundador.
museum of brands
Como vocês já devem ter deduzido pelo nome, o Museum of Brands conta um pouco da história da sociedade ocidental através de… marcas! Nas suas pequenas galerias e corredores você vai ver coleções de rótulos, embalagens e produtos de merchandising e propaganda. Um arquivo sensacional, que começou como hobby de Robert Opie quando tinha apenas 16 anos.
Museum of Brands Londres
Os ítens mais antigos datam da Era Vitoriana, mas o que acho mais legal é ir relembrando infância e adolescência e resgatando memórias ao ver as coleções dos anos 80 e 90. Claro, a maioria do que está lá é ligado ao mercado britânico, como garrafas e rótulos de cervejas e chocolates bem famosos aqui.
Há também toda uma área dedicada a souvenirs e memorabília da família real, o que eu sempre acho divertido e curioso. Durante o Jubileu de Diamantes e o casamento de William e Kate, rolaram exposições especiais com produtos temáticos, como embalagens de chá e bolachas.
Estive no Museum of Brands há um tempo pra fazer um vídeo com o Canal Londres: tivemos o museu todo só pra nós!


Informações:
Dias e horários de abertura: terça a sábado das 10 às 18h e domingo das 11 às 17h
Não é permitido fotografar!
Valor do ingresso para adultos: £6,50 e crianças £2,25
Endereço: 2 Colville Mews, Lonsdale Road, Notting Hill, London, W11 2AR (estação de metrô mais próxima: Notting Hill Gate )

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http://www.aprendizdeviajante.com/index.php/2013/03/19/museus-em-londres-museum-of-brands/

Novo presidente do Instituto de Museus


 A ministra da Cultura, Marta Suplicy, já escolheu quem vai ser o novo presidente do  Instituto Brasileiro de Museus, o Ibram, na foto: Angelo Oswaldo, ex-prefeito de Ouro Preto (MG), ligado ao PMDB de Minas.
Ele ocupa a cadeira deixada pelo petista José Nascimento Junior. 

28/03/2013

Carta aberta a Ministra da Cultura Martha Suplicy


Rio de Janeiro, 27 de março de 2013.
  
Carta aberta a Excelentíssima Ministra de Estado da Cultura
Digníssima Senhora Martha Suplicy

Senhora Ministra,
                 Em maio de 2003, no início do governo do Excelentíssimo Presidente Luis Inácio Lula da Silva e da gestão do Ministro de Estado da Cultura Gilberto Passos Gil Moreira, foi lançada no Museu Histórico Nacional, na cidade do Rio de Janeiro, a Política Nacional de Museus (PNM).
Construída de modo democrático e participativo, com a contribuição de amplos setores da sociedade brasileira, incluindo professores, estudantes, artistas, cientistas, políticos, militantes e gestores culturais, participantes de organizações governamentais e não-governamentais, intelectuais e frequentadores de museus, a PNM não foi o resultado de uma mente denodada, mas o fruto de um trabalho coletivo, de um artesanato social que tinha por foco não apenas democratizar o acesso aos museus, mas democratizar o próprio museu como uma tecnologia social ou um dispositivo estratégico no âmbito de uma Política Pública de Cultura. Pode-se mesmo dizer que a PNM nasceu como uma política cidadã e contribuiu para a renovação do campo dos museus, da memória e do patrimônio.
                Foi na esteira e sob amparo conceitual da PNM que foram criados o Sistema Brasileiro de Museus, o Cadastro Nacional de Museus, o Fórum Nacional de Museus, a Semana Nacional de Museus, a Primavera dos Museus, o Programa de Fomento e Modernização dos Museus Brasileiros, o Plano Nacional Setorial de Museus, o Estatuto de Museus, o Instituto Brasileiro de Museus, o Programa dos Pontos de Memória, a Teia da Memória, os Cursos de Museologia que se espalharam por mais de quinze Universidades Federais e o Programa Editorial do IBRAM.
                A PNM, com amplo apoio e reconhecimento internacional, foi e continua sendo fundamental para a valorização das Políticas Estaduais e Municipais de Museus. O seu espírito renovador, participativo e democrático, sintonizado com a Museologia Social e com a herança da Mesa Redonda de Santiago do Chile de 1972, foi decisivo para a criação e a valorização de museus sociais e processos de museus comunitários e populares que se espalharam pelo Brasil e se tornaram referência nacional e internacional.
                Por tudo isso, Excelentíssima Senhora Ministra de Estado da Cultura, a Associação Brasileira de Museologia (ABM), o Conselho Federal de Museologia (COFEM) e o Movimento Internacional da Nova Museologia (MINOM) manifestam preocupação quanto ao atual momento de indefinição e solicitam que a nova ou o novo presidente do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) esteja comprometido com a retomada dos princípios orientadores da PNM e com a manutenção e a garantia de continuidade e avanço do seu caráter participativo e democrático.
Há muito por fazer no campo da memória, do patrimônio, dos museus e da museologia no Brasil colocados a favor da dignidade humana. A comunidade museal brasileira está preparada e pronta para retomar os princípios e dar continuidade a PNM nos termos aqui indicados.
 Cordialmente,
Associação Brasileira de Museologia – ABM – Antônio Carlos Pinto Vieira – Diretor Presidente
Conselho  Federal de Museologia – COFEM – Telma Lasmar – Presidente
Movimento Internacional da Nova Museologia – MINON – Paula Assunção - Presidente

25/03/2013

Atriz ganhadora de Oscar dorme em caixa de vidro em museu dos EUA

Estados Unidos -  A atriz britânica Tilda Swinton, ganhadora do Oscar de melhor atriz coadjuvante no filme "Michael Clayton", tem chamado a atenção de turistas e visitantes do Museu de Nova York de Arte Moderna, nos EUA. Tilda é a estrela de uma exposição em que dorme em uma caixa de vidro. A cena integra uma das mostras oferecidas no local este mês.
Atriz dorme em caixa de vidro para visitantes do museu | Foto: Reprodução Internet
Atriz dorme em caixa de vidro para visitantes do museu | Foto: Reprodução Internet
A mostra "O Talvez" (The maybe) deixa a atriz dormindo boa parte do dia em diversos pontos do museu. As escolhas são aleatórias.
Os próprios funcionários do estabelecimento dizem não saber os dias em que Swinton dorme na caixa de vidro. Um deles disse que uma vez ela ficou em seu sono por cerca de sete horas. 

http://odia.ig.com.br/portal/mundo/atriz-ganhadora-de-oscar-dorme-em-caixa-de-vidro-em-museu-dos-eua-1.564323

China investe freneticamente na construção de museus

País com o maior número de bilionários do mundo construiu 390 novas instituições de arte apenas em 2011, e números continuam em alta

The New York Times | 23/03/2013 08:00:31

The New York Times
Parte do Museu de Arte Contemporânea de Xangai
Depois de anos de atividade, a construção e expansão de museus nos Estados Unidos diminuiu por causa da crise econômica. Na Europa, onde a situação financeira é ainda pior, veneráveis instituições financiadas pelo Estado chegam a implorar por dinheiro.
Na China, por outro lado, a situação é outra.
A construção de Museus - grandes, pequenos, apoiados pelo governo, financiados por instituições particulares - está em alta. Em 2011, cerca de 390 novos museus foram construídos. E os números continuam em alta. A China está abrindo museus em uma escala surreal.
Muitos possuem um propósito multifuncional, misturando história, etnografia, ciência, política, arte e entretenimento. O museu dedicado apenas à arte é um conceito relativamente novo na China. Os modelos para isso, a maioria deles ocidentais, ainda estão sendo analisados, no entanto, tendem a alinhar-se em ambas as extremidades do espectro temporal, incidindo ou sobre o moderno ou o muito antigo.

Até recentemente, os museus de arte contemporânea na China eram administrados privadamente, seja por uma empresa ou por colecionadores ricos. Em outubro de 2012, um importante precedente foi criado com a abertura do Museu de Arte Contemporânea de Xangai, o primeiro museu do país de arte moderna financiado pelo governo.
Se o reconhecimento oficial da importância da estatura internacional da arte chinesa demorou para acontecer, quando aconteceu, sua chegada foi bastante ousada. O museu de Xangai, popularmente conhecido como a Usina Elétrica da Arte – se encontra em uma usina de energia convertida do século 19 - é fisicamente espetacular. Ele abriu com um apelo global importante na forma da Nona Bienal de Xangai.
A Bienal fechará no dia 31 de março. Enquanto isso, cerca de 2,575 quilômetros ao oeste de Xangai, na cidade oásis de Dunhuang na borda do deserto de Gobi, um outro museu, ou algo parecido com um museu, muito menos convencional do que a usina de energia, está sendo construído. Seu objetivo não é atrair multidões a nova arte, mas para mantê-los longe do contato nocivo com a arte antiga, especificamente as antigas pinturas de murais budistas que cobrem os interiores de centenas de cavernas na região de Dunhuang.
Apesar de suas diferenças, os museus de Xangai e Dunhuang compartilham de uma qualidade típica de novas instituições culturais da China: ambição. Muitas vezes, esta é simplesmente medida em relação a seu tamanho.
Quando o renovado Museu Nacional da China foi inaugurado em Pequim, em 2011, um dos principais atrativos foi o fato de ser o maior museu de qualquer tipo no mundo, apesar da história que contava da China ter sido fragmentada.
A preferência pelo gigantismo ficou evidente novamente em Xangai no ano passado. No mesmo dia da inauguração do museu na usina elétrica , um segundo museu do Estado também foi inaugurado em Xangai, o Museu da Arte da China, às vezes chamado de o Palácio da Arte Chinesa. Dedicado em grande parte ao modernismo chinês do século 20, e alojado em uma estrutura originalmente erguida para a Exposição Mundial de 2010, que anunciava-se como o maior museu de arte moderna no país. E de fato o é, embora qualquer um pudesse ver que sua coleção exaustiva se beneficiaria de uma séria edição.
Mas os dois museus estaduais de Xangai são apenas a ponta do novo iceberg artístico da cidade, com inúmeras instituições menores sendo inauguradas para compensar na falta de tamanho. A maioria dos museus mais pequenos são de propriedade privada. Pelo menos dois, o Museu de Arte de Minsheng e o Museu de Arte de Rockbund, possuem reputações sólidas.
Ao levar em consideração o valor da nova arte na China, e o fato de que o país tem, segundo a Forbes, o maior número de bilionários do mundo, a perspectiva de novos museus privados parece interminável. Como esses museus vão se estabelecer no entanto, ainda não se sabe. Construir estruturas é uma coisa; reunir obras significativas é outra.
Muitas coleções particulares hoje são simplesmente produtos ditados pelo mercado global: os mesmos três populares artistas chineses, artistas europeus populares, e assim por diante. Mas, embora museus para tais coleções estejam proliferando, a China ainda não possui nenhuma oferta de um museu como uma visão histórica abrangente da arte contemporânea do país ao longo dos últimos 30 anos. E os recursos que são subestimados em museus em outros lugares - como bolsa de estudos, campanhas educacionais, perspectivas curatoriais globais - estão ausentes ou em estágio inicial em muitas das instituições chinesas de nova arte.
Sem supervisão administrativa experiente, como será possível prevenir com que futuros museus patrocinados pelo Estado de arte moderna - e certamente haverão mais - de seguirem o caminho de que quanto maior melhor? O que poderá evitar com que museus privados sejam glorificados como instalações de armazenamento - lugares para que os colecionadores guardem sua arte, sem um propósito maior do que apenas ostentar o poder pessoal através da acumulação de material?
Um objetivo maior é precisamente o que o projeto de Dunhuang possui a seu favor. Ou talvez até mesmo objetivos maiores como preservar o passado, mas também, simbolicamente, corrigir os erros do passado.
Cavernas budistas podem ser encontradas em diversos locais ao redor de Dunhuang, mas a grande maioria, cerca de 700, estão esculpidas em rochedos em um lugar chamado Mogao há vários quilômetros para fora da cidade. Segundo a lenda, no século 4, um monge errante foi atraído para Mogao por uma visão de luzes piscando. Acreditando que o lugar era sagrado, ele cavou uma caverna do penhasco e permaneceu lá.
Outros monges vieram. Mais cavernas foram escavadas para servirem de templos e salas de meditação, e suas paredes foram cobertas com pinturas. Esculturas do Buda, algumas muito grandes, foram esculpidas e pintadas para criar ambientes decorativos. O local se tornou um ímã para peregrinações, e um importante centro de aprendizagem com uma vasta biblioteca de manuscritos reunidos da China imperial até o leste, e da Índia até o oeste.
Foi apenas muito tempo depois, em 1940, que a China decidiu recuperar a cavernas e começou a restaurá-las. Com o tempo, sua mística aumentou. Em 1979, o ano em que foram abertas ao público, 20 mil visitantes vieram. Até o final dos anos 2000, a contagem anual subiu para 800 mil. A esta altura, a ameaça de danos às pinturas, através da exposição da humidade gerada pelo ser humano e dióxido de carbono, tornou-se grave. Hoje, quase todas as cavernas estão fechadas.
Para preservar Mogao tanto como uma obra de arte quanto objetivo turístico, os arqueólogos responsáveis pelo local apresentaram uma proposta ao governo chinês para criar um centro de visitantes que iria permitir com que as pessoas visitassem as cavernas com acesso mínimo. O plano foi aprovado. O centro de visitantes, projetado pelo arquiteto Cui Kai Pequim como um grupo de cúpulas futurísticas, abrirá este ano.
A operação será cuidadosamente regulada. Visitantes virão para o centro, assistirão um curta-metragem sobre a história da Rota da Seda de Dunhuang, e depois terão acesso a projeções digitais de vários dos interiores das cavernas mais elaborados. Eles, então, irão de ônibus para Mogao, onde verão diversas cavernas reais e passarão um tempo em um museu de artefatos de Mogao - esculturas portáteis, têxteis, pergaminhos manuscritos - antes de voltarem para o centro.
Uma seleção de tais objetos estará disponível na Galeria Institucional da China em Manhattan, Nova York que começara no dia 19 de abril para lançar "O Ano de Dunhuang", uma série de eventos voltados para atrair a atenção do Ocidente, e de doações. Dos US$ 52 milhões que o centro deverá custar, US$ 33 milhões é do governo chinês, o resto deverá ser arrecadado de forma independente.
Este projeto não é o único exemplo de conservação auxiliada pela tecnologia na China. Um semelhante foi documentado em uma exibição chamada de "Ecos do Passado: As Cavernas Templos budistas de Xiangtangshan", que foi organizada pelo Museu de Arte Inteligente em Chicago em 2010. Mas Dunhuang ocupa um lugar especial no imaginário cultural da China. Cuidar delas é podercorrer atrás da negligência do passado. E talvez ainda mais importante é a experiência de poder presenciar a arte dessas cavernas a beira do deserto.
Será que essa experiência será tão intensa com uma intervenção digital? E se for o caso, quanto dessa intervenção é aceitável? Nas questões de cultura contemporânea, a China está se fazendo perguntas, tanto sobre a natureza da arte quanto da função dos museus, que nós ocidentais raramente consideramos. Mas com a falta de dinheiro para ser investido em nossas próprias instituições culturais, com museus como resultado da vaidade de bilionários também em alta no ocidente, e com um público viciado em ver a arte através de telas de celulares, a curva de aprendizagem da China em relação a seus museus, tem muito que nos ensinar também.

21/03/2013

REDE ACESSIBILIDADE EM MUSEUS


Prezad@s,
Acredito que chegou o momento de iniciar a organização, de fato, da Rede Acessibilidade em Museus.
Venho neste espaço publicizar a intenção em promovermos a 1ª Reunião da RAM-BAHIA. Acredito ser fundamental que esta reunião seja realizada na cidade de Salvador, em alguma instituição museológica acessível. Porém, essa é uma questão controversa. Então acredito que o melhor modo para definirmos seria por meio de uma votação.
A partir de hoje e até o dia 04 de Abril, haverá no blog da RAM uma enquete com 5 possibilidades de local para realização da Reunião. Será indicada a instituição que obter o maior número de votos durante o período de votação. Após a eleição a instituição escolhida será contactada para possibilidade de realização da reunião. Em caso de impossibilidade por parte da instituição, será feito o contato com a segunda instituição mais votada e assim suscetivamente.
Informo que a Reunião deverá ser realizada na quarta semana de Abril, entre os dias 22 e 27.
Dúvidas ou sugestões poderão ser encaminhadas pelos contatos abaixo:
ram.bahia@gmail.com

Marcelo Freixo Sobre o Maraca e o Museu do Índio


18/03/2013

Museu de Arqueologia e Etnologia - MAE


Avant Garde


Avant GardeVá para Paris do século 19 e viva uma experiência única em meio à famosos pintores da época. Seu objetivo aqui é criar uma obra-prima para ganhar a exposição de arte que acontece periodicamente e, para isso, deverá treinar muito suas técnicas com o pincel.


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16/03/2013

Vereador Reimont - "Não tombar o Centro Cultural Indígena é perder a nossa cultura"

Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular - CNFCP


Site do IPHAN reúne informações sobre o Patrimônio Mundial no Brasil

         15/03/2013
Identidade Patrimonio Mundial - Crédito: Nubia Selen
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN) disponibilizou, nesta sexta-feira,
dia 15 de março, a relação completa dos bens
brasileiros inscritos na Lista do Patrimônio
Mundial da UNESCO. Estão elencados os
monumentos culturais e naturais e também o
patrimônio intangível.
Para visualizar o material basta acessar o site
do IPHAN (www.iphan.gov.br) na aba Patrimônio
Cultural >> Patrimônio Mundial.
A iniciativa faz parte do projeto de revitalização
dos conteúdos da página eletrônica.
Já estão disponíveis para consulta pública as atas das reuniões do Conselho Consultivo do Patrimônio
Cultural. É um acervo rico com registros das deliberações e considerações de pensadores e intelectuais
como Manuel Bandeira, Edgar Roquete Pinto, Afonso Arinos de Melo Franco, Silva Telles, Paulo Santos,
entre outros, que atuaram como conselheiros do Patrimônio Cultural.
O material inclui as atas desde a sessão inaugural, em 1938, realizada no gabinete do então ministro da
Educação e da Saúde, Gustavo Capanema, quando passou ao diretor do Serviço do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional, Rodrigo Melo Franco de Andrade, a presidência do Conselho Consultivo.
Dentro do processo de revitalização dos conteúdos do site do IPHAN estão previstas, entre outras, as
inclusões da bibliografia geral do patrimônio cultural; de um banco de teses e dissertações; de uma seção
para artigos e ensaios; e da livraria eletrônica do IPHAN.

O pouco apreço pela memória nacional

- Problemas na Biblioteca Nacional e no Arquivo Nacional expõem os riscos a que está submetida a preservação de publicações e documentos históricos

EDITORIAL
Publicado: Atualizado: 
Problemas que vieram à tona na Biblioteca Nacional e no Arquivo Nacional, expondo fragilidades estruturais nos prédios que abrigam os acervos das duas das mais importantes instituições depositárias da história política e cultural do Brasil, são mais uma evidência de que o país não é particularmente zeloso com sua memória. Debilidades de instalações físicas, do que resultam transtornos como infiltrações, comprometimento ambiental, refrigeração deficiente etc., se agravam mais por leniência administrativa do que pela idade dos imóveis. É justo, portanto, atribuir principalmente à ação (antes, à sua falta) do homem, e não à fatalidade, a responsabilidade pelos reprováveis episódios em que, na Biblioteca e no Arquivo, a preservação de preciosas peças do nosso passado — portanto, insubstituíveis — vive submetida a riscos.


Caso mais recente, a infiltração de água no Arquivo Nacional, durante um temporal no Rio, semana passada, era tormenta anunciada. A chuva invadiu o prédio pelo teto — que, segundo funcionários, já estaria sofrendo com vazamentos e deficiências na impermeabilização desde 2012—, alagando salas e encharcando caixas e prateleiras com documentos públicos raros. Chover forte no Rio não é novidade; imóvel antigo, por sua vez, reclama manutenção e reparos constantes. São fatores que reforçam o papel da gestão em iniciativas que ajudem a conservar as construções e a assegurar a integridade dos tesouros históricos que elas abrigam.



Na invasão das águas foram atingidos originais do Tribunal de Segurança Nacional relativos à Era Vargas, caixas com informes dos serviços de informações da ditadura e com documentos da época de dom João VI, além de computadores. O teto dos refeitórios desabou, e textos originais da Lei Áurea só não foram danificados porque estavam em exposição numa sala a salvo do alagamento. Merece registro (negativo) o fato de os papéis do TSN encharcados estarem armazenados em recipientes de papelão, em vez de depósitos apropriados para esse tipo de arquivo.

Ano passado, ocorreu desastre semelhante na Biblioteca Nacional. Defeitos no sistema de refrigeração provocaram vazamentos que inundaram alguns andares, e resultaram em problemas como estantes que davam choque e comprometimento de documentos e jornais do acervo. Relatos de funcionários alertaram para frequentes ameaças de pragas de cupins, brocas e traças, e a presença de ratos nas salas. Eles chegaram a promover, em protesto, uma bem-humorada manifestação para “comemorar” o aniversário das baratas que infestavam o prédio.

As respectivas administrações seguiram o protocolo de providências, reclamando da falta de verbas e enviando pedidos de socorro a Brasília. Esta não é a questão. Trata-se de um problema de fundo estratégico: ou o poder público adota uma política comprometida com a preservação da memorabilia nacional ou a memória do país permanecerá sob o risco de desaparecer.

http://oglobo.globo.com/opiniao/o-pouco-apreco-pela-memoria-nacional-7854980


15/03/2013

Museu do Índio: Vereadores votam contra tombamento


 
Publicado em Sexta, 15 Março 2013 10:33


Projeto de lei buscava bases para a permanência de indígenas no local
Da Redação
Vereadores do Rio e Janeiro derrubaram na noite de quinta (14), o projeto de lei número 1536/2012, que tombava o Museu do Índio ao patrimônio histórico. A medida era tida como garantia da permanência dos índígenas que vivem no local, também chamado Aldeia Maracanã, embora a Defensoria Pública, que defende os indígenas, veja o tombamento com reservas.
Mais:

Dos 51 vereadores, 21 se abstiveram da votação, deixando a sessão, segundo informações da Câmara. Outros 17 votaram contra e 13 a favor do tombamento (veja relação dos votos abaixo).

Os defensores públicos do Rio de Janeiro, que já conseguiram evitar a demolição do prédio, dizem que o tombamento material não garante a permanência dos indígenas no local e que seria necessário também um 'tombamento imaterial' e um plano de destinação para os índios.

Confira abaixo os votos contra e a favor do tombamento.
Contra:
Carlos Bolsonaro (PP)
Guaraná (PMDB)
Jorginho da SOS (PMDB)
Rafael Aloisio Freitas (PMDB)
Thiago K Ribeiro (PMDB)
Tania Bastos (PRB)
Dr Eduardo Moura (PSC)
Atila A Nunes (PSL)
Alexandre Isquierdo (PMDB)
Dr Joao Ricardo (PSDC)
Joao Mendes de Jesus (PRB)
Jorge Braz (PMDB)
Willian Coelho (PMDB)
Zico (PTB)
Vera Lins (PP)
Marcelo Arar (PT)

A favor do tombamento:
Carlo Caiado (DEM)
Cesar Maia (DEM)
Jorge Manaia (PDT)
Edson Zanatta (PT)
Eliomar Coelho (Psol)
Jefferson Moura (PSol)
Leonel Brizola Neto (PT)
 Reimont (PT)
Renato Cinco (PSol)
Tio Carlos (DEM)
Marcio Garcia (PR)
Paulo Messina (PV)
Paulo Pinheiro (PSol)

08/03/2013

MinC troca comando de autarquia dos museus

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

O antropólogo José do Nascimento Júnior foi exonerado na quarta-feira (6) da presidência do Instituto Brasileiro de Museus. Ele criou há quatro anos o órgão do Ministério da Cultura responsável pela gestão de museus e estava na pasta há dez anos, desde a gestão de Gilberto Gil (2003-08).
                                                      Antonio Gauderio/Folha Imagem
José do Nascimento Júnior, exonerado na quarta-feira (6) 
da presidência do Instituto Brasileiro de Museus
Nascimento Júnior é mais um a cair na onda de trocas levada a cabo pela ministra Marta Suplicy desde que assumiu o MinC há seis meses.
Deixaram o ministério o secretário de políticas culturais, Sergio Mamberti, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira Araújo, e o titular da Fundação Casa de Rui Barbosa, Wanderley Guilherme dos Santos.
"Não há nenhuma crise com a ministra", disse Nascimento Júnior à Folha. "Há um ciclo de mudanças no ministério. Era uma vontade minha. O Mamberti está saindo, outros estão saindo, e eu estava buscando uma saída."
À frente do Ibram, Nascimento Júnior teve como bandeiras a aquisição de obras para acervos federais --75 mil itens foram incorporados a coleções públicas-- e a desoneração da importação e exportação de obras de arte, projeto que não avançou.
Até o fechamento da matéria, o MinC não havia anunciado o substituto de Nascimento Júnior.

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1242366-minc-troca-comando-de-autarquia-dos-museus.shtml

05/03/2013

'Patrimônio restaura o sentido da normalidade', diz especialista em gestão de risco cultural


  • - A italiana Cristina Meneggazzi, que há 20 anos acompanha a devastação de bens culturais mundo afora e que trabalha na Unesco, participará de um seminário no Museu Nacional de Belas Artes
  • - Para ela, o primeiro passo da preservação é ter no país um inventário de todos os bens culturais

  • 
Para Cristina Menegazzi, cuidado do Brasil com seu patrimônio cultural é “satisfatório” em relação a outros países, mas pode melhorar
Foto: Divulgação
    Para Cristina Menegazzi, cuidado do Brasil com seu patrimônio cultural é “satisfatório” em relação a outros países, mas pode melhorarDIVULGAÇÃO

    RIO - No próximo dia 12, desembarca no Rio uma das maiores especialistas em gestão de risco ao patrimônio cultural que trabalha na Unesco. A italiana Cristina Menegazzi, que há 20 anos acompanha a devastação cultural deixada por catástrofes naturais e guerras, participará do seminário “Preservação e Segurança em Museus”, no Museu Nacional de Belas Artes. Na pauta, formas para tornar o Brasil culturalmente mais seguro.

    Que patrimônios culturais correm risco hoje em dia?

    Muitos. Todos aqueles que estão nas zonas de conflito armado do Oriente Médio e da África, nas zonas que registram terremotos, com especial destaque para a Europa, e todos que estão em áreas comumente inundadas, como é o caso da Ásia e da América Latina. Vale lembrar ainda que o aquecimento global só aumenta a intensidade e a frequência das catástrofes naturais.

    O que pode ser feito para proteger esse patrimônio?

    Eu sempre digo o seguinte: se você não sabe o que tem, não sabe quanto pode perder. Então fazer um bom inventário dos bens culturais de um país é o primeiro passo. Depois, o ideal é que cada item desse patrimônio receba uma nota (relacionada a seu grau de importância, valor ou interesse). Isso tem que ser feito por uma equipe multidisciplinar. Assim, em caso de catástrofe, fica mais fácil saber o que resgatar primeiro. Depois, deve-se criar e treinar uma equipe responsável por salvar esse patrimônio e, com ela, definir opções de armazenamento.

    Qual é o tamanho da devastação cultural na última década?

    É impossível medir. Não só pela enormidade do número, mas também porque, infelizmente, as estatísticas relativas às catástrofes, sejam elas naturais ou provocadas pelo homem, quase nunca consideram a devastação do patrimônio cultural. Ficamos sem saber.

    Mas alguns casos poderiam ter sido evitados, certo?

    Sem dúvida. Hoje há nos países afetados pela tsunami do Oceano Índico alertas que avisam sobre terremotos e possíveis ondas gigantes. O sistema permite que as pessoas evacuem as áreas de risco e que também salvem o patrimônio cultural móvel, ou seja, coleções de museu, bibliotecas, arquivos públicos... Foi um avanço importante.

    Quais foram os casos de devastação mais graves dos últimos dez anos?

    Na última década, os meios de comunicação passaram a se interessar mais por esse assunto e a acompanhar de perto a perda de patrimônio. Então, ganharam destaque a destruição dos budas de Bamiyan (implodidos pelos talibãs, no Afeganistão, em março de 2001), os terremotos do Haiti, em janeiro de 2010, e do Japão, no ano seguinte, e a destruição de Timbuktu, no Mali (por rebeldes islâmicos, em janeiro deste ano).

    Como você classifica o cuidado que o Brasil tem com seu patrimônio?

    Estive em Petrópolis em novembro do ano passado e visitei o Museu Imperial. A impressão que tenho é que o Brasil aprecia muito seu patrimônio e lhe dá muita importância. Vocês têm um dos cursos universitários de museologia mais antigos do mundo. Vão sediar o Conselho Internacional de Museus (ICOM, na sigla em inglês) em junho. É o único país que conheço que dispõe de uma estratégia escrita para gestão de riscos em museus (do Instituto Brasileiro de Museus, Ibram) e, no dia 12, oferecerá um curso de capacitação sobre o assunto. Isso mostra que a preocupação do Brasil com o assunto é muito satisfatória frente à de outros países. Ainda assim, há muito a ser feito.

    Qual é a instituição ou país mais bem preparado? A referência?

    Eu não poderia responder. Mas os maiores esforços para a proteção de patrimônio cultural estão sendo feitos hoje em dia na Holanda, França, Coreia do Sul, Austrália, nos Estados Unidos e no Chile.

    E o que você pretende ensinar no seminário do dia 12, no Rio?

    Entre outros pontos, que há métodos tradicionais de preservação, normalmente mais baratos e ecológicos, que podem ser aplicados em museus e arquivos.

    Quais, por exemplo?

    No Camboja, usam tabaco umedecido para evitar pragas em objetos feitos de madeira. Na Índia, para evitar que ratos ataquem material orgânico que precisa ser preservado, usam sementes de papaia. No Sri Lanka, borrifam óleo de canela no ar para livrar livros e manuscritos de fungos e pragas. Tenho certeza de que há muitos caminhos como esses no Brasil. A proposta é redescobrir esses métodos e materiais.

    E por que um governo deve investir nessa área?

    Porque a cultura é uma necessidade básica do ser humano. Porque o patrimônio cultural é a referência de valores de cada sociedade. Porque isso ajuda a restaurar o sentido de normalidade diante de uma catástrofe. É o que permite que as pessoas sigam em frente. O patrimônio é, enfim, fundamental na reconstrução da identidade, da dignidade e da esperança.

    http://oglobo.globo.com/cultura/patrimonio-restaura-sentido-da-normalidade-diz-especialista-em-gestao-de-risco-cultural-7712355

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