Ministra Ana de Hollanda inaugurou no Rio de Janeiro mostra dedicada ao pintor e escultor italiano
O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro, foi palco nesta terça-feira, 31/01, da cerimônia de abertura da exposição Modigliani: imagens de uma vida, com a presença da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, do embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca, do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), José do Nascimento Junior, do chefe da Representação do MinC no Rio de Janeiro e Espírito Santo, Marcelo Velloso e da diretora do MNBA, Mônica Xexéo. A mostra, um dos pontos altos da programação do Momento Itália-Brasil, fica aberta ao público até 15 de abril.
Em seu discurso, a ministra Ana de Hollanda ressaltou a importância do intercâmbio cultural entre Brasil e a Europa, lembrando do festival Europália , recém-encerrado na Bélgica. Neste contexto, deu especial destaque à relação com a Itália: “Minha paixão pelas artes, principalmente por Modigliani, nasceu aos 12 anos, quando minha mãe me levava ao Masp, um museu que os italianos ajudaram a fundar”, afirmou a ministra, numa referência a Pietro Maria Bardi, um dos criadores do Museu de Arte de São Paulo, juntamente com Assis Chateaubriand. Ana de Hollanda acrescentou, ainda, que a exposição Modigliani é importante também para o público brasileiro conhecer a obra de alguns dos artistas que influenciaram nosso modernismo, nas primeiras décadas do século XX.
O embaixador italiano, Gherardo La Francesca, afirmou que os brasileiros “têm sensibilidade especial para a beleza” e, por isso, vão gostar muito da exposição. Segundo ele, Modigliani encontrou seu caminho pessoal e deixou uma marca importante na arte contemporânea, apesar de sua morte prematura aos 36 anos. O embaixador destacou também o trabalho em equipe que tornou possível a exposição, celebrando as relações entre os dois países.
O presidente do Ibram, José do Nascimento Júnior, comentou que o evento marca os 75 anos de criação do MNBA, dono do mais importante acervo de arte do país. Nascimento disse que a agenda cultural da instituição coloca o museu em destaque no panorama das artes brasileiras e prometeu que, até a Copa do Mundo de 2014, o Museu de Belas Artes terá todas as suas obras de restauração concluídas.
A exposição
A mostra Modigliani: Imagens de uma vida apresenta ao público brasileiro um acervo ainda inédito em outros países da América Latina. São 54 pinturas, incluindo 12 óleos originais de Modigliani e telas de outros artistas contemporâneos seus; cinco esculturas originais, 55 desenhos, dois livros, uma litografia, documentos, diários e manuscritos, num total de 230 peças.
A exposição traz ao público um rico panorama da vida artística italiana e parisiense no início do século XX, ressaltando a convivência de Modigliani com importantes artistas do modernismo como Picasso, Max Jacob, Léonard Foujita e André Derain , entre outros. Modigliani nasceu em Livorno, na Itália, em 1884, e morreu em Paris, em 1920. Teve uma vida intensa e atribulada, com muitos amores e doenças graves, que provocaram sua morte prematura.
A mostra é resultado de uma parceria entre o Museu a Céu Aberto (MCA) e o Modigliani Institut Archives Légalés Paris-Roma, e integra um dos 200 eventos do Momento Itália-Brasil, iniciativa que teve início em setembro de 2011 e vai até junho de 2012. Depois do MNBA, a exposição segue para o MASP, em São Paulo, na segunda quinzena de abril.
Também estiveram presentes na abertura o presidente do Modigliani Institut Archives Légalés Paris-Roma e curador da exposição, Christian Parisot, o diretor do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, Rubens Piovano, o secretário de Cultura do Município do Rio, EmílioKhalil, além de diretores de outros museus do sistema Ibram.
Vasari na FBN
Num dia dedicado às artes, a ministra visitou também a exposição Giorgio Vasari: a invenção do artista moderno, na Fundação Biblioteca Nacional. A mostra, que ficará aberta ao público até 16 de fevereiro, reúne cerca de 170 peças do acervo da biblioteca e é uma homenagem aos 500 anos de nascimento do pintor, escritor e arquiteto italiano, autor do primeiro tratado completo da História da Arte.
Guiada pela própria curadora da mostra, Elisa Byington, que explicava os detalhes e a importância de cada peça, a ministra Ana teve a oportunidade de ver obras raras, a maioria do século XVI. Entre as mais valiosas estão a principal obra de Vasari: Vidas, no original Vite de più eccellenti architetti pittori e scultori, de 1550 em dois volumes; e outra edição, de 1568, com três volumes e cerca de 1000 páginas. Além dessas, estão em exibição várias outras edições do mesmo livro, dos séculos XVII, XVIII e XIX.
A exposição contém ainda dezenas de gravuras do século XVI, elaboradas a partir de modelos de obras de Rafael, Michelangelo e outros mestres do Renascimento italiano. Entre as peças expostas, destacam-se gravuras de Andrea Mantegna, considerado por Vasari o “Pai da Gravura”, Niccolò della Casa, Martin Schongauer, Albrecht Dürer , Cornelis Cort, Marcantonio Raimondi, Marco Dente da Ravenna, Agostino Venesiano, entre outros.
A mostra inclui também dezenas de livros originais do século XVI, incluindo obras de Plínio, Plutarco, Suetônio, Dante Alighieri (A Divina Comédia) e Boccaccio (Decameron). Todas as peças da exposição pertencem à Biblioteca Real, trazida por Dom João VI em sua mudança para o Brasil, em 1808, e que constituem a base do atual acervo da Biblioteca Nacional. A instituição é hoje a oitava maior biblioteca nacional do mundo.
Saiba mais sobre o Momento Brasil-Itália
Visite a página do Museu Nacional de Belas Artes
Visite a página da Biblioteca Nacional
(Texto: Heloísa Lopes – Ascom RRRJ/MinC)
(Fotos: André Melo – Ascom/MinC)
http://www.cultura.gov.br/site/2012/02/01/modigliani-no-museu-de-belas-artes/
Olá!
ResponderExcluirVcs saberiam me dizer se esta mostra vem para cidade de Sâo Paulo.
Um abração!!
Letícia
ENTRE NO PORTAL DO MUSEU DE BELAS ARTES. TALVEZ ENCONTRE ALGUMA RESPOSTA. LEMBRO VAGAMENTE DE TER LIDO Q SIM.
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