O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Luiz Fernando de Almeida, e a superintendente do IPHAN-RJ, Cristina Lodi, apresentarão pela primeira vez, a versão completa da candidatura do Rio de Janeiro a Patrimônio Cultural da Humanidade, que será votada pela Unesco em São Petersburgo, de 24 de junho a 6 de julho. Apresentação será nesta terça-feira, dia 12 de junho, às 14h, no Edifício Gustavo Capanema, no Centro do Rio de Janeiro.
Por conta do título, locais como o Parque do Flamengo e as orlas de Copacabana, Leme, Urca e Botafogo, o Pão de Açúcar, os fortes históricos, o Passeio Público, o Jardim Botânico e a Floresta da Tijuca, serão alvo de ações integradas dos governo federal, estadual e municipal. O objetivo é a preservação da paisagem cultural desses locais, que constituem a paisagem apropriada pelo homem aliada à cultura carioca. A prévia da apresentação oficial faz parte da agenda do IPHAN sobre Patrimônio e Sustentabilidade para a Rio + 20.
O IPHAN na Rio+20
Com como representante do poder público e com o apoio da comunidade, cabe ao IPHAN a identificação, a preservação, a promoção e a gestão do patrimônio cultural brasileiro. A Constituição da República define como patrimônio cultural as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
A existência desse universo de bens culturais não seria viável sem as matérias primas oferecidas pela natureza. Essa consciência não é nova no IPHAN, haja vista as inúmeras ações desenvolvidas pela instituição ao longo dos seus 75 anos, objetivando a preservação dos acervos naturais presentes em todo o território brasileiro e sua integração aos bens produzidos pelo homem.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, surge como mais um reforço ao trabalho na luta pela preservação dos principais valores culturais e naturais nacionais. Em complemento à agenda global da Rio+20, o IPHAN preparou uma programação específica com base na temática sobre o Patrimônio e Sustentabilidade, para oferecer aos participantes uma visão sobre a Paisagem Cultural da Cidade do Rio de Janeiro.
Durante a realização da Rio +20, a sede do IPHAN-RJ vai abrigar a exposição Edifício Docas de Santos. O público poderá visitar a mostra de segunda a sexta-feira, de 9h às 17h30. A Sala de Exposições do IPHAN-RJ fica à Avenida Rio Branco, 48, Centro, Rio de Janeiro. As inscrições para todos os eventos podem ser feitas pelo e-mail comunicacao.rj@iphan.gov.br.
Outras palestras e exposições marcarão a presença do IPHAN na Rio+20. Confira a programação.
Dia 12/06
14h – Mesa redonda
Patrimônio e Sustentabilidade - A Paisagem Cultural da Cidade do Rio de Janeiro – Candidatura do Rio a Patrimônio Cultural da Humanidade
Palestrantes
Luiz Fernando de Almeida (Presidente IPHAN)
Maria Cristina Vereza Lodi (Superintendente do IPHAN-RJ)
Carlos Fernando de Moura Delphin (Arquiteto do IPHAN, especialista em Patrimônio Natural)
Célia Maria Corsino (Diretora do Departamento do Patrimônio Imaterial do IPHAN)
Local: Auditório do Palácio Gustavo Capanema – Rua da Imprensa, 16 – sobreloja – Centro – Rio de Janeiro-RJ
Capacidade: 400 pessoas
Eventos paralelos
Exposição Rio de Janeiro: Paisagens Cariocas entre a Montanha e o Mar
Hall do auditório
Presença de Baianas de Acarajé
No térreo do Palácio Gustavo Capanema
De 13/06 a 16/06
Seminário Patrimônio, Memória e Identidade Negra
Rodas de conversa, conferências e atividades culturais
Local: Universidade Federal Fluminense – UFF
Informações: seminariopatrimonioimaterial.wordpress.com
Dia 13/06
18h - Abertura da exposição Patrimônio, Território e Sustentabilidade
Local: Centro Cultural Ação da Cidadania - Rua Barão de Tefé, 75, Saúde.
Início das atividades do Ministério da Cultura - com a presença da Ministra da Cultura, Ana de Hollanda.
Dia 18/06
14h30 – Seminário Novas Perspectivas para a Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural
Local: Centro Cultural Ação da Cidadania - Rua Barão de Tefé, 75, Saúde.
Palestrantes :
Rosana Najjar (Diretora do Centro Nacional de Arqueologia-IPHAN)
Sergio Bessermann (Economista)
Lygia Segalla (Antropóloga)
De 14/06 a 22/06 – Visitas guiadas – Rio Paisagem Cultural
Todas gratuitas, com acompanhamento de um guia.
Roteiro:
14/06 – Jardim Botânico - De 10h e às 14h
Duração: duas horas
Da área atual de 137 hectares, 53 ha estão abertos à visitação pública. Seu arboreto, de traçado neoclássico, abriga grande coleção de plantas, organizadas em aleias geométricas, destacando-se as grandes palmeiras. O JB é dedicado à pesquisa científica, desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico, centro de referência mundial nos estudos sobre a Mata Atlântica.
15/06 - Baía de Guanabara – Saída às 9h30, partindo o Espaço Cultural da Marinha - Av. Alfredo Agache s/nº - Praça XV – Centro.
Duração: duas horas
Nos primeiros séculos de vida da cidade, as formações rochosas que a limitam foram importantes pontos de referência para sua defesa, onde foram instaladas baterias e fortalezas. Principal acesso à Cidade do Rio de Janeiro durante séculos, é a segunda maior baía, em extensão, do litoral brasileiro, com uma área de aproximadamente 380 km². Considerando-se a sua barra como uma linha imaginária, que se estende da ponta de Copacabana até ponta de Itaipu, esta sofre um estreitamento entre a ponta da Fortaleza de São João, na cidade do Rio de Janeiro, e a ponta da Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, com uma largura aproximada de 1.600 metros.
18/06 – Forte São José (Urca) - 9h30
Duração: quatro horas
Transporte gratuito com saída do Centro CulturalAção da Cidadania - Av. Barão de Tefé, 75 – Saúde.
Localizado no conjunto que compõe a Fortaleza de São João, o Forte São José é o terceiro forte mais antigo do país, datado de 1578. Muitos historiadores dizem que se o Rio de Janeiro existe hoje, é graças a este forte, estrategicamente localizado na entrada da Baía de Guanabara, exercendo papel marcante na defesa da cidade.
19/06 – Orla de Copacabana/Forte do Leme - Saídas às 10h e às 15h
Duração: três horas
A Orla de Copacabana, com seu desenho geométrico excepcional - de autoria de Roberto Burle Marx - imitando as ondas do mar, usando um mosaico de pedras portuguesas, ganhou reconhecimento internacional. Considerada uma das praias mais famosas do mundo, é carinhosamente apelidada de Princesinha do Mar.
O Forte Duque de Caxias, anteriormente denominado como Forte da Vigia, Forte da Espia e Forte do Leme, localiza-se no bairro vizinho do Leme. Durante o governo do Vice-rei D. Luís de Almeida Portugal, entre 1776 e 1779, devido à iminência de uma invasão espanhola, foi ordenada a construção de um pequeno forte para defesa de qualquer desembarque naquele trecho ao sul da cidade.
20/06 –Sítio Burle Marx (Barra de Guaratiba) - Saída às 9h30 do Centro Cultural Ação da Cidadania - Av. Barão de Tefé, 75 – Saúde.
Grupos de 30 pessoas
Duração: seis horas
Abriga uma das mais importantes coleções de plantas vivas existentes em todo o mundo, sendo de inestimável valor como testemunho das profundas alterações sofridas pela natureza em nosso país. O SRBM é hoje uma unidade especial pertencente ao IPHAN, tendo sido residência particular de Roberto Burle Marx, de 1973 até em 1994, ano da morte do mais famoso paisagista brasileiro.
21/06 – Fortaleza de Santa Cruz (Niterói) - Às 10h e às 14h
Duração: uma hora
A Fortaleza de Santa Cruz da Barra localiza-se no lado oriental da barra da Baía de Guanabara, no bairro de Jurujuba, município de Niterói. Cruzando fogos com a Fortaleza de São João e com o Forte Tamandaré da Laje, constituiu a principal estrutura defensiva da Cidade do Rio de Janeiro durante o período da Colônia e do Império. Encontra-se guarnecida até os dias de hoje, atraindo uma média de dois mil visitantes por mês.
22/06 – Floresta da Tijuca - Saída às 9h30 do Centro Cultural Ação da Cidadania - Av. Barão de Tefé, 75 – Saúde.
Duração: quatro horas
Apresenta biodiversidade significativa, com espécies ameaçadas de extinção, sendo declarado, em 1991, como parte da Reserva da Biosfera. Em sua área de 3.958,47 hectares, abriga edificações que datam do século XVIII e XIX e identificados 120 sítios arqueológicos da época em que o espaço era ocupado por plantações de café.
Mais informações
Assessoria de Comunicação Iphan-RJ
comunicação.rj@iphan.gov.br
Chico Cereto
Eliza Morenno
(21) 2233-6334 / 9127-7387
www.iphan.gov.br / www.twitter.com/IphanGovBr
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=16689&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia
Nenhum comentário:
Postar um comentário