12/07/2012

Cachaça vira patrimônio do Rio

POR Pamela Oliveira


Rio - Cana, pinga, branquinha, limão, mé. Os amantes da cachaça ganharam um motivo para brindar: a bebida agora é Patrimônio Histórico Cultural do Rio de Janeiro. O governador Sérgio Cabral sancionou ontem a lei, proposta pelo deputado estadual Luiz Martins (PDT), que deu o título à bebida.

“O cubano ama seu rum; o mexicano, a tequila; o francês, o conhaque; e o escocês, o uísque. Temos que valorizar nossa bebida”, defende Martins. “O projeto de lei foi aprovado nas duas votações da Assembleia por unanimidade. O pessoal gosta de uma cachaça”, brinca o deputado, referindo-se aos colegas da Alerj.

Cláudia, ao lado da amiga Mônica, é fã de pinga: "Cachaça é a cara do Rio" | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

O título é um reconhecimento da importância da bebida para a cultura do estado.No texto que embasa a lei, o parlamentar defende a ‘anistia’ da ‘danada’. Argumenta que a bebida genuinamente brasileira foi “discriminada”, “perseguida” e até proibida “pelas elites brasileiras”.

Mônica Villar, 51 anos, sempre atuou como embaixadora da bebida. “Sempre oferecia cachaça a passageiros de outros países. Eles adoravam”, conta a ex-aeromoça, que voou por 30 anos.
Nesta segunda-feira, ela comemorava o casamento da sobrinha, brindando com pinga na Cachaçaria Mangue Seco, na Lapa. “A cachaça é a cara do Rio”, opina Claudia Pascoa, mãe da noiva.

De 16 a 19 de agosto, admiradores da cana têm palanque certo para defender a branquinha: é o Festival de Pinga de Paraty, tradicional produtora do mais novo Patrimônio Histórico e Cultural fluminense.

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