Pensado desde 2007, mas somente concretizado a partir de abril deste ano, o projeto Ver e sentir através do toqueconsiste num programa de visitações ao MNBA , orientado a partir de material pedagógico produzido em conjunto pelo Museu e a Escola Municipal de Ensino Especial Helena Antipoff.
No início de junho, o museu recebeu a visita da Escola Municipal de Ensino Especial Francisco de Castro, situada no Maracanã, bairro da Zona Norte carioca. As diversas atividades artísticas desenvolvidas na sala Carlos Oswald do MNBA serviram para despertar uma interação maior entre esses jovens e o Museu, facilitando a inclusão social dos mesmos.
As visitas previstas pelo projeto ocorrem uma vez por mês e ao longo deste ano ainda serão oito encontros. A escola possui um projeto de educação de jovens e adultos. Um dos participantes é Davi Gonzaga da Silva, 22 anos, que mora com seus avós na Comunidade do Turano, na Tijuca. Ele sonha ser desenhista e, assim, comprar uma casa, pois a sua fica em local de difícil acesso, no alto do morro. O jovem já esboça alguns desenhos e os mostra com o maior orgulho. “Já fui a outros museus, mas gosto mais daqui (do MNBA). As obras são muito bonitas e tenho várias ideias para os meus desenhos”, conta.
A professora Maria da Penha Amorim, responsável pela classe de jovens e adultos, diz que esta tem sido uma experiência única: “Essas crianças se sentem excluídas por não acompanharem seus colegas, o que leva ao isolamento. A educação especial é inclusiva. Há uma identificação imediata entre eles e trazê-los ao museu é mais um exercício de inserção”, afirma.
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