24/04/2012

De portas (re)abertas

Foi numa casa em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, em que Benjamin Constant (1837 – 1891) passou os últimos meses de sua vida. Quase um século após a morte do militar que lutou ativamente pela Proclamação da República, a residência virou um museu que abriga um acervo de mobiliário, pinturas, esculturas, indumentárias e objetos pessoais que reconstituem seu ambiente familiar. O museu fechou para reformas há seis meses e agora já está praticamente pronto para reabrir as portas. 

A ideia é que a casa seja inaugurada na Semana Nacional de Museus, possivelmente com uma nova exposição e com o caramanchão do jardim inteiramente novo. Elaine Carrilho, diretora do espaço, conta que a restauração se tornou uma necessidade após fortes chuvas danificarem partes da estrutura do local, em outubro de 2011. 

Na ocasião, a queda de uma árvore obstruiu a entrada e causou danos à rede de energia elétrica; e a força do temporal danificou o muro de contenção da encosta do parque e também as calhas da antiga residência. Como as obras só começaram em 16 de janeiro e a luz, restabelecida em meados de fevereiro, todas as atividades de pesquisa foram suspensas. 

Acima, pintura de Benjamin Constant
Mas isso são águas passadas: para as comemorações de 30 anos do museu, em outubro deste ano, uma série de eventos está sendo planejada. Um exemplo é uma parceria com o Museu da República, que pretende criar um circuito de visitas educativas, tendo como tema o período republicano. 

Esse fundador da República 

Benjamin Constant Botelho de Magalhães (1837 – 1891) foi militar, engenheiro e professor, participando ativamente da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 e do Governo Provisório que se instalou em seguida. 

Ele mudou-se para a casa em Santa Teresa junto com sua família em janeiro de 1890, vindo a falecer um ano depois, na madrugada de 22 de janeiro de 1891 - um mês antes da promulgação da Constituição da República. 

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